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  • Foto do escritorJornal Agrupamento de escolas Dr. Flávio Gonçalves

EMANCIPAÇÃO DAS MULHERES EM DIA DE LIBERDADE

Para comemorar o 25 de abril, a aluna Leonor Silva, do 6º A, realizou a pesquisa "O que têm em comum o Hospital Beatriz Ângelo, Carolina Beatriz Ângelo, a República e o 25 de abril?", que quis partilhar com os leitores do FGNotícias.


O Hospital Beatriz Ângelo é um hospital público, integrado no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O hospital localiza-se em Loures, distrito de Lisboa. Iniciou a sua atividade em janeiro de 2012 e constitui um marco fundamental na oferta em cuidados de saúde na região de Lisboa e Vale do Tejo.


O nome do Hospital homenageia Beatriz Ângelo.


Quem foi esta mulher?


Carolina Beatriz Ângelo, nasceu a 16 de abril de 1878, no distrito da Guarda. Terminou o seu curso de medicina, em 1902 e foi a única mulher do seu curso de medicina.

Beatriz Ângelo foi a primeira cirurgiã portuguesa, foi a primeira mulher em Portugal a realizar uma cirurgia especializada em ginecologia no Hospital de São José, de Lisboa.

A partir de 1906 adere e participa em comités e associações ligadas às ideias republicanas. Beatriz Ângelo integrou a Assembleia-Geral da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas e participou ativamente na revolução que conduziu à queda da Monarquia. Beatriz Ângelo era republicana.


A 5 de Outubro de 1910, dá-se a Proclamação da República, tendo Carolina Beatriz Ângelo e Adelaide Cabete sido as responsáveis pela confeção secreta das bandeiras republicanas vermelhas e verdes .



A 14 de Março de 1911, foi publicada a Primeira Lei Eleitoral do Regime Republicano, não sendo explicitado que o direito ao voto estava vedado à mulher.

A 1 de Abril, Carolina solicitou à Comissão de Recenseamento do Segundo Bairro a sua inclusão nos Cadernos Eleitorais.

Carolina Beatriz Ângelo já era viúva quando aconteceram as primeiras eleições e encontrou forma de utilizar a lei para votar. O código eleitoral atribuía o direito de voto a “todos os portugueses maiores de vinte e um anos, à data de 1 de maio” de 1911, “residentes em território nacional”, que sabiam “ler e escrever” e eram “chefes de família.”

Apesar de estar subentendido que apenas aos homens seria autorizada o voto, a letra da lei não era clara neste aspeto. Como tinha formação superior e era chefe de família por ser viúva, Beatriz Ângelo entendeu que reunia as condições para votar, tendo pedido para ser incluída os cadernos eleitorais. Tanto a Comissão de Recenseamento como o Ministério do Interior rejeitaram o seu requerimento, mas uma decisão judicial deu-lhe razão.

Foi a primeira mulher a votar em Portugal, nas eleições realizadas para a Assembleia Nacional Constituinte, no dia 28 de maio de 1911. Ela foi a única eleitora portuguesa inscrita com o número 2513 na freguesia de S. Jorge de Arroios.

Carolina Beatriz Ângelo morreu no mesmo ano em que votou para as eleições do primeiro Parlamento republicano, em outubro de 1911, com 33 anos. Já não assistiu à aprovação do código eleitoral de 1913 que era claro nesta questão: “são eleitores de cargos legislativos os cidadãos portugueses do sexo masculino maiores de 21 anos ou que completem essa idade até ao termo das operações de recenseamento, que estejam no pleno gozo dos seus direitos civis e políticos, saibam ler e escrever português, e residam no território da República Portuguesa.”

Nas décadas seguintes as mudanças na lei eleitoral permitiram que algumas mulheres pudessem votar. O voto feminino foi introduzido em Portugal a partir de 1931. No entanto, só após o 25 de Abril de 1974 se consagrou o sufrágio universal e foram abolidas as restrições ao direito de voto baseadas no sexo dos cidadãos.

As mulheres portuguesas adultas apenas tiveram direito de voto universal nas primeiras eleições pós 25 de Abril, em 25 de abril de 1975 .



Carolina Beatriz Ângelo foi a primeira mulher a votar em 1911. Ela foi um marco importante para esta revolução feminina, o direito ao voto das mulheres.

Paralelamente à sua carreira médica, Carolina Ângelo reforçou a sua visão social com um ativismo cívico, político e principalmente feminista, defendendo a emancipação da mulher e acreditando em ideias como a educação para a independência e o divórcio.


Bibliografia:

.https://ensina.rtp.pt/artigo/beatriz-angelo-a-primeira-mulher-a-votar-em-portugal/

·https://www.parlamento.pt/Parlamento/Paginas/Carolina-Beatriz-Angelo.aspx

·https://medicosportugueses.blogs.sapo.pt/6263.html

.https://mag.sapo.pt/showbiz/artigos/grandes-vidas-portuguesas-biografia-de-carolina-beatriz-angelo-e-o-proximo-lancamento-de-colecao-para-os-mais-novos

·https://www.arslvt.min-saude.pt/pages/283?poi_id=2220

·https://rr.sapo.pt/2021/03/05/vida/quem-foi-carolina-beatriz-angelo-a-senhora-com-nome-de-hospital/noticia/229190/

·https://www.cm-odivelas.pt/autarquia/contactos/servicos-de-emergencia-e-saude/poi/hospital-beatriz-angelo-hba

·http://www.cm-sobral.pt/carolina-beatriz-angelo/

·https://expresso.pt/sociedade/2017-03-08-Carolina-votou-em-1911.-Foi-a-primeira-e-a-Republica-mudou-a-lei-para-impedir-o-voto-feminino

·https://www.dn.pt/portugal/a-grande-revolucao-esquecida-do-25-de-abril-5142798.html


Leonor Silva 6ºA (Professora Sameiro Carvalhido)

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