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Olimpíadas da escrita – o desafio literário para os jovens!


As Olimpíadas da Escrita lançaram mais alguns alunos para o universo da escrita e da criatividade. No dia 24 de maio, três alunas do 2º ciclo e um aluno do 3º ciclo, da Escola Dr. Flávio Gonçalves, receberão o aplauso dos alunos das escolas da nossa cidade no evento estudantil da «Escola da minha vida».

Parabéns a todos os alunos que aderiram ao desafio literário e estiveram presentes nas fases de apuramento.


 2º ciclo


POESIA:

1º LUGAR: Mariana Claro Carneiro – 6º C - As melhores viagens
2º LUGAR: Maria Rodrigues Simões – 5º C - A viagem dos meus sonhos

 

PROSA:

2º LUGAR – Maria Isabela Schuster Rolo – 5º I - Uma viagem no tempo

3º ciclo

PROSA:

 2º LUGAR - Vicente Feio da Silva Ramos Coutinho - 9º B -Uma Viagem Incomum

TEXTOS VENCEDORES


AS MELHORES VIAGENS


As melhores viagens

São a sonhar…

Ver e observar

Sem sair do lugar.

 

Falar outras línguas,

Aprender culturas,

Conhecer pessoas,

Fazer amizades futuras.

 

Sair de casa,

Sair do conforto,

Nem que seja só

Dar a volta ao Porto.

Sentir o sol!

Sentir o ar!

Deitar na praia,

Mergulhar no MAR!

 

Ver as paisagens,

Saborear novas comidas

E conhecer o mundo,

Sem grandes corridas.

 

Viajar de barco,

De carro ou de avião.

Pode ser de comboio

Ou até de balão.

 

É ir de férias

A todos os países,

Conhecer a sua história

E as suas raízes!

 

Ir a todo o lado

E fazer um novo amigo.

Isto é muito divertido.

ANDA VIAJAR COMIGO!

Mariana Claro Carneiro 6º C

 

VIAGEM DOS MEUS SONHOS


Um dia fui viajar

Para a terra da Julieta e do Romeu,

Para longe do meu lar

E algo estranho aconteceu…

 

Perdi o metro em Verona,

Confusa eu fiquei…

Até que encontrei alguém

Que apesar de trapalhona

Era gente do bem.

 

Pedi ajuda,

Pois não sabia onde estava

Só queria viajar

E ao teatro chegar.

 

Esse alguém ajudou-me

Levou-me ao meu destino.

E este gesto de amor

Mostrou que há quem dê mimo.

 

Finalmente, cheguei lá

E o espetáculo foi brilhante.

Nunca me vou esquecer…

Mesmo quando for uma estrela cintilante.

Maria Simões 5º C

 

UMA VIAGEM NO TEMPO


Numa linda e colorida manhã de primavera, fui ter com o meu pai à sua oficina. O meu pai trabalha naquela oficina há mais de quarenta anos.

- Bom dia, filha. Tens de experimentar a minha nova invenção! – exclamou o meu pai com um enorme entusiasmo no rosto.

- Bom dia, pai. Desta vez, qual foi a loucura que inventaste? – perguntei-lhe, rindo-me sem hesitar.

O meu pai, com uma cara orgulhosa, respondeu:

- É uma máquina do tempo! Eu ainda não a testei e, por isso, queria que a experimentasses!

Fiquei curiosa com aquela máquina e, por isso, aceitei o desafio:

- Bom, se não experimentarmos, nunca saberemos se ela funciona ou não!

Saí da oficina do meu pai e fui para o meu quarto. Vesti-me e na cozinha procurei comida para levar. Peguei na minha mochila e coloquei uma garrafa de água e três peças de fruta: uma banana, uma laranja e uma maçã.

Já pronta e com a minha mochila às costas, voltei à oficina do meu pai e entrei na máquina do tempo. Sentia-me nervosa e receosa, mas estes sentimentos passaram quando olhei em volta: estava tudo a brilhar, parecia uma galáxia, havia estrelas por todo o lado, brilhantes como nunca vira!

Eu não sabia para onde estava a ir, mas confiei no meu pai e tentei manter-me relaxada.

A máquina do tempo aterrou num autêntico paraíso! A relva era verde, as flores tinham todas as cores e feitios possíveis e o sol brilhava mais do que nunca. Fiquei, durante algum temp, encantada com tudo aquilo e, entretanto, deparei-me com uma placa que dizia: “Verona, onde tudo é perfeito”. Percebi logo que era a terra de Romeu e Julieta.

Fui explorar Verona e adorei cada centímetro daquele lugar. Era tudo magnífico!

Cansada de tanto explorar, decidi descansar um pouco à sombra de uma macieira. Quando olhei para o céu, percebi que já era hora de voltar para casa. Fui até à máquina, mas ela não estava lá. Procurei em todos os cantos e nada. Fiquei preocupada e comecei a chorar. Quando, repentinamente, apareceu a Julieta. Queria falar com ela, mas não havia tempo.

- Vem comigo! Sei onde está a tua máquina do tempo – disse Julieta.

Fiquei confusa, mas não disse nada.

Depois de muito andar, encontrámos a máquina.

- Muito obrigada, Julieta. Não tenho tempo para conversar, mas prometo que voltarei a Verona – disse-lhe, com muita pressa.

- Sem problemas! Estarei aqui à tua espera!

Em poucos minutos, voltei a casa feliz por estar no meu lar. Contei tudo o que aconteceu ao meu pai e ele ficou incrédulo.

Em breve, voltarei para rever a Julieta e para conhecer o Romeu, mas, enquanto isso não acontece, continuarei a viver com o meu pai.

Maria Rolo 5º I


UMA VIAGEM INCOMUM


No final do verão de 2018, regressava, com os meus pais e irmão, da magnífica viagem que fizemos ao Oriente, presente dado ao meu pai pelo seu quinquagésimo aniversário. Embora vivendo no século XXI e viajando num avião, aquela ida ao outro lado do mundo fez-me sentir como o povo português no século XV, navegando nas suas “cascas de noz pequeninas”, rumo ao desconhecido. No entanto, agora regressávamos à pátria.

Subitamente, enquanto eu e o meu irmão dormíamos, um passageiro chinês desmaiou. Ainda voávamos sobre a China, milenar sociedade, logo estávamos longe de casa. A tripulação de cabine perguntou por todo o avião se se encontrava algum médico a bordo. Por isso, meu pai, médico de profissão e cumpridor do juramento de Hipócrates, teve de se oferecer para ajudar, já que o dito juramento manda que sejam todos auxiliados, independentemente do estatuto social, capacidade económica, etnia …

Embora falando línguas diferentes, sendo de diferentes etnias e nacionalidades, estando o meu pai de férias e sabendo que não receberia nada pelo serviço prestado, ele ajudou um estrangeiro desconhecido, fazendo com que chegasse são e salvo ao seu destino e evitando que um avião cheio de gente tivesse de voltar para trás. Para mim, esta história tem um certo paralelismo com a história do escritor Tiago Salazar, uma vez que o meu pai ajudou um desconhecido, vencendo a barreira da língua, considerada, por muitos, difícil de ultrapassar. Assim, como prenda de aniversário, o meu pai recebeu uma maravilhosa experiência de solidariedade.

Vicente Coutinho 9ºB



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