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"E hoje, já ofereceste flores?"

Nas aulas de Português da professora Irene Santos, os alunos elaboraram textos criativos que partilharam com os leitores do FGNotícias.


Um dia diferente


Hoje, começamos o dia pensando que nada de novo iria acontecer. No entanto, fomos surpreendidas por uma situação que nos inquietou.

Estava uma tarde de sol radiante e decidimos sair de casa para passear pela marginal, sentir o cheiro a maresia, o barulho das ondas e o grasnar das gaivotas. De repente, o céu começou a escurecer e decidimos voltar para casa.

Num ápice, começaram a cair gotas de chuva e, logo a seguir, a chuva tornou-se torrencial. Fomos a correr em direção a um lugar coberto, para não chegarmos todos molhados. Ficamos ali a conversar por uns tempos à espera que a chuva acalmasse.

Durante a conversa, ouvimos um som que parecia de um gato a miar que vinha do outro lado da estrada. Com curiosidade, dirigimo-nos até lá. Encontramos um gato, ao lado do caixote de lixo, a pedir ajuda. Ficamos com pena dele, parecia que estava doente, molhado e ferido. Pegamos no bichinho, cuidadosamente, e levámo-lo ao veterinário. Soubemos que estava, além de doente, com a perna partida. Como gostámos de gatos, decidimos adotá-lo.

Hoje, acabámos o dia salvando a vida de um animal, e isso fez com que sentíssemos felizes.

E hoje, já fizeste alguma coisa por ti?

Inês Ying, Lúcia Ying e Yaxuan Xu 9ºE


Um vizinho muito especial


No ano passado, eu e a minha família fizemos as malas, pois íamos mudar para uma nova casa, numa pequena aldeia. Eu estava muito nervosa porque não sabia como iria ser recebida pelas pessoas daquele sítio e, também, se faria novos amigos ou se iria ter dificuldades para me adaptar.

Até que um dia, alguém veio bater à minha porta, já na casa nova. Eu espreitei pela janela, vi que era um senhor idoso com um ar doce e simpático e fui abrir a porta. Ele olhou para mim com uma expressão bondosa e disse-me que sabia que nos tínhamos mudado para lá há pouco tempo. Era um dos meus novos vizinhos e queria ajudar-nos a nos adaptarmos melhor à mudança. Eu senti-me muito feliz e agradecida naquela altura e continuei a conversar com ele mais um pouco.

A partir desse dia, senti-me mais à vontade e, de vez em quando, vou visitá-lo para passarmos uns momentos juntos.


Andreia Neves 9ºE


Aquela casa onde eu morava


Quando era mais novo, morava num pequeno apartamento na Areia, uma localidade situada no Concelho de Vila do Conde. Era uma casa simples com dois quartos, uma pequena cozinha e uma sala.

Eu tinha um periquito chamado Kiko e, de vez em quando, a minha mãe tirava-o da gaiola e eu colocava-o no meu ombro. Mas um dia, quando cheguei do infantário, ele não estava na gaiola. Eu e a minha mãe estivemos a tarde toda à procura do Kiko, mas só nos apercebemos um tempo depois que ele tinha fugido pela frincha da janela. Nesse dia fiquei muito triste, mas lá acabei por aceitar.

Outra vez, era de noite, e eu estava em casa a jantar. De repente, apareceu um carro parado no meio da estrada a buzinar. A minha mãe, curiosa, foi falar com o senhor que estava no carro e eu fui atrás dela. Quando olhei para as mãos da minha mãe, reparei que o senhor lhe tinha dado um pequeno animal com picos e, quando perguntei à minha mãe que animal era aquele, ela disse-me que era um ouriço-cacheiro. Eu fiquei muito feliz porque não tinha sido há muito tempo que tinha perdido o meu pássaro.

Procuramos saber o que os ouriços comiam e encontramos um site que ensinava como cuidar destes animais. Mas, infelizmente, não ficamos mais do que um dia com ele, pois, como se tratava de um animal não muito comum para ter em casa, decidimos entregá-lo a uns amigos que o levaram para o jardim zoológico de Lisboa.

Hoje, sempre que vamos a Vila do Conde, a minha mãe pergunta-me se quero ir fazer uma visita à casa onde em tempos moramos. Quando o carro para à porta do prédio, começo a lembrar-me de todas as memórias e coisas que aconteceram naquela casa.

Agora a casa tem outros donos, mas eu sempre irei pensar nela como se ainda fosse minha.


Tiago Silva 9ºE


Pequenos gestos que fazem a diferença


Todos os dias nos cruzamos com pessoas que podem estar a passar por momentos difíceis. Com um simples gesto, podemos tornar o dia de outra pessoa mais feliz.

Às vezes, com um simples sorriso ou um "bom dia" a um desconhecido podemos alegrar e até mudar completamente o seu humor, pois a felicidade baseia-se nas pequenas coisas da vida. Por exemplo, quando temos algum familiar no hospital ou a passar por uma situação complicada, podemos ter o amável gesto de oferecer flores, mostrando assim a nossa empatia e carinho pela pessoa em questão.

Hoje em dia, as pessoas têm mais tendência a abrir-se na internet e nas redes sociais do que presencialmente. Enviar uma mensagem ou enviar um emoji de ramo de flores com uma mensagem é completamente diferente de oferecê-lo e dizê-lo cara a cara.

A sociedade atual está cada vez mais a perder o hábito de expressar os seus sentimentos através destas pequenas ações, tornando-se uma sociedade mais fechada e impessoal. Muitas vezes nem conhecemos as pessoas que nos rodeiam, os nossos vizinhos, os funcionários dos espaços que frequentamos,...

Nunca devemos deixar de expressar o que sentimos pelos outros, mostrando-lhes que são importantes na nossa vida.

"E hoje, já ofereceste flores?"


Andreia Neves, Margarida Cunha, Mariana Cadilhe, Giulia Kist 9ºE

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