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A Escola Flávio Gonçalves celebra os "Direitos Humanos"


No âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, estes dias foram propícios à lembrança dos direitos de todos os cidadãos, enquanto indivíduos que pertencem a uma sociedade.

Neste contexto, foi realizado pelos alunos, maioritariamente do 5º e do 7º ano, um Estendal dos Direitos da Criança e dinamizadas duas sessões sobre os Direitos Humanos, pela Drª Helena Mancelos, ilustradora do livro «Where is home?», que também colabora na assistência aos campos de refugiados. Esta atividade, da iniciativa da professora Margarida Delgado com as turmas C e D do 6º ano, decorreu na Biblioteca Escolar, contando com uma exposição de trabalhos realizados pelos alunos em parceria com a disciplina de Educação Visual e Tecnológica.

A sensibilização dos alunos do 6º ano começou com um momento de reflexão, a partir deste testemunho que faz parte do livro:

«Hoje, no mundo, existem 79,5 milhões de refugiados,

metade são crianças.

Nos campos de refugiados onde estive,

onde mais de 50% dos seus habitantes eram crianças,

o silêncio imperava.

O som do silêncio das crianças é insuportável.

Perguntei-me muitas vezes onde estaria

o som

O sorriso

e as lágrimas

daqueles meninos e meninas.

Ao percorrer as páginas do «Where is home?»

Fui recordando os seus rostos

através dos rostos pintados

E, finalmente,

senti estar a ouvir a voz dos milhões de meninos

que têm de fazer uma viagem arriscada, dolorosa e perigosa

para chegar a um local seguro.

Proteger estes meninos e meninas

É a nossa obrigação

enquanto cidadãos

enquanto sociedade,

enquanto humanidade.

Ler este livro

É assumir que se entra numa viagem sem mapa

Em que nos confrontamos com os nossos próprios medos

Inseguranças, incertezas, desejos, sonhos...

Mais do que um livro,

A pergunta «Onde é a casa?» inicia-nos numa experiência em movimento

Que nos vai exigindo

Em cada uma das suas páginas,

Paragens na simbiótica relação entre as obras e as palavras

Entre os desenhos e os objetos

Entre as letras e as imagens.

É uma imagem visual, mas, sobretudo,

Uma ação poética em prol da dignidade humana,

Que tantas vezes parece estar invisível.

O livro «Where is home?» não é sobre refugiados.

É sobre todos nós,

Sobre a viagem por este imenso oceano que é a humanidade

E a corajosa luta pela paz.

Ao ler e reler este livro, o silêncio dos milhões de crianças refugiadas no mundo

Ganhou um som belo...

Por isso, estou especialmente grata aos autores.

Por isso, renasce a esperança, na casa.»

(Joana Morais e Castro)


A reflexão do 5º A, em trabalho de grupo, na sala de aula, fica registada:


«Numa aula de Cidadania, vimos um documentário da Escola Virtual sobre a história do Marco e percebemos que ele não vive com os direitos necessários: não tem direito a brincar, a ir para a escola, a descansar, à saúde, à família, à ajuda e muito mais. Ficamos tristes, não só pelo Marco, mas por todas as crianças, adultos e pessoas da 3ª idade que não têm DIREITOS. Devia e deve ser OBRIGATÓRIO todos os humanos terem direitos. Mas também devem ter DEVERES...»

Carolina, Eduardo, Simão e Tomás Gonçalves


«Marco vive no Guatemala e, com apenas 9 anos, trabalha nos campos de café, desde as 5 da manhã às 7 da noite e pagam-lhe 2,80 euros por dia, o que não é suficiente, nem sequer para ajudar a família. Marco não tem direito à EDUCAÇÃO nem direito a BRINCAR. O Marco e a mãe sofreram de VIOLÊNCIA DOMÉSTICA pelo pai, que também não ajudava a família, e os pais divorciaram-se. Agora o Marco vive com a mãe e quando chega a casa tem sempre o corpo dorido de trabalhar no campo. Marco e a mãe vivem com muitas dificuldades.»

Tomás Rodrigues (Grupo 5)


«Na aula de Cidadania, visualizamos o filme do Marco, um menino que vive no Guatemala e que não tem aguns DIREITOS ESSENCIAIS DAS CRIANÇAS. O pai era violento e o menino é obrigado a acordar cedo e a trabalhar arduamente nos campos de café. Ele não vai à escola, por isso, não aprende a ler nem a escrever. Este menino tem muita probabilidade de ficar doente, já que trabalha à beira de produtos químicos que os adultos colocam na terra. É mau alguma criança viver nestas condições, porque afeta o seu desenvolvimento físico e psicológico.»

Francisco Alves (Grupo 3)


«Marco é um menino de 9 anos que sofre de EXPLORAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL e vê os seus direitos serem violados. Vive no Guatemala, um país considerado pobre. Esta criança (tal como outras no mundo) não frequenta a escola, não brinca e é «obrigado» a trabalhar para sustentar a si e à sua família. Diariamente, recebe uma módica quantia de 2,80 euros, em 14 horas de «escravatura».

Na opinião analisada pelo nosso grupo, achamos que todos os cidadãos devem usufruir dos DIREITOS HUMANOS, para que possam viver numa sociedade equitativa, com igualdade de oportunidades. Desta forma, não devia ser uma criança a sustentar a família, devendo ter oportunidade de estudar e de brincar à imagem das crianças do nosso país.»

Helena Falé, Inês Borges, Inês Alves e João Costa


«OS DIREITOS DAS CRIANÇAS DEVEM SER RESPEITADOS»

Na nossa opinião, todas as crianças têm de ter o DIREITO A DESCANSAR e o Marco acorda às 5 da manhã e termina o seu trabalho às 7 da tarde. Marco não tem DIREITO À EDUCAÇÃO, porque no horário escolar ele trabalha. Todas as crianças devem ter direito à educação gratuita, sempre que necessário. Este menino não tem DIREITO À SAÚDE, pois, de tanto trabalhar, tem dores nas costas e está sempre a vomitar por causa do cheiro dos fertilizantes. Não tem amigos nem tempo para brincar, pois trabalha muito. O pai abandonou a família, por isso, vive com a mãe, que se esforça muito para lhe dar o melhor afeto. O pai tratava muito mal a mãe do Marco e puxava-lhe os cabelos arrastando-a pela rua e ela não queria que o filho passasse pelo mesmo.»

Maria Beatriz, Maria Sá, Sofia e Tiago


«O Marco não tem direito aos cuidados necessários para o seu BEM-ESTAR, à educação, a uma rotina normal e à alimentação. »

Alice Besteiro, Ana Carolina, Bruna e Karina


Professora Paula Soares da Costa


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