top of page

1 de outubro - Dia Internacional do Idoso


O mês de outubro começa com a comemoração do Dia Internacional do Idoso. Mostrar o nosso carinho e respeito pelos mais velhos é reconhecer o papel importante que os mesmos têm e/ou tiveram nas nossas vidas.

Na disciplina de OLE, os alunos escreveram sobre este tema, expressando a admiração, o respeito e a gratidão por aqueles que são referências para eles - muitas vezes os seus avós.


Professora Irene Santos



A idade é só um número


O Dia Internacional dos Idosos foi este mês. Embora admire muito os meus avós, não vou falar deles. Vou falar de uma amiga da minha avó, a Dona Celina.

Desde que nasci, que me lembro de passar o mês de agosto na casa dos meus avós. Sempre que lá vou, a Dona Celina também lá está.

Não vou falar dela porque fez algo por mim, mas sim porque me ensinou muito sem se aperceber.

Recordo-me de acordar, relativamente cedo, e a minha avó já estar no quintal a conversar com a sua amiga. Sempre me perguntei como conseguia ter tanta energia com noventa anos. Levantava-se cedo, arranjava o cabelo, punha maquilhagem e usava umas roupas bonitas e requintadas, tudo sem ajuda de alguém. Fazia uma das subidas mais íngremes que conheço, para vir a casa dos meus avós tomar o pequeno-almoço. Nem eu na minha idade tenho energia para tanta coisa antes do sol nascer.

A Dona Celina é daquelas pessoas cuja presença é suficiente para encher a sala, não num mau sentido, mas sim pelo facto de nos fazer olhar para os idosos de forma diferente.

Muitas vezes pensamos nos idosos com frágeis, mas esta senhora quebrava esta ideia, fez-me olhar para as pessoas de idade de forma diferente.

Sempre me deu muitos conselhos. Se uma blusa não me assentava bem, ela informava-me de forma simpática e eu levava muito a sério tudo o que ela me dizia.

Quando envelhecer, gostava de ter a garra e a energia desta senhora, a Dona Celina.

Margarida Soares 9ºB


A melhor avó de todas


Uma das pessoas que mais me marcou na minha vida foi a minha avó. Ela ensinou-me basicamente tudo o que eu sei hoje, ensinou-me a respeitar os outros, a ser gentil, a preocupar-me com as pessoas e a querer sempre ser a melhor versão de mim própria.

Eu adorava a minha avó, adorava tudo o que ela fazia e as lições de vida que me dava. Uma das coisas de que eu mais gostava nela era a alegria que transmitia.

Estava sempre alegre e bem-disposta, mesmo quando algo corria mal. Ensinou-me também a não ficar zangada com as pessoas, dizia-me que não valia a pena, que a vida era demasiado curta para qualquer tipo de zangas.

Quando a minha mãe se chateava comigo por algum motivo, a minha avó vinha sempre defender-me, mesmo que a culpa fosse minha, vinha sempre ter comigo e sorria-me. As gargalhadas que dávamos juntas, os sorrisos que partilhávamos eram sempre incríveis. Podia estar mais em baixo que era só ela falar para mim e já me sentia logo melhor. Tínhamos muitos gostos em comum.

Nunca a irei esquecer, estarei sempre grata por tudo o que a minha avó fez, quer por mim quer pelo resto da família. Todos os dias sinto a sua falta.

Sofia Schöberl 9ºB


A minha outra metade


Tudo começou quando nasci. Foi ela… não ela que me deu à luz, mas ela a primeira a pegar em mim, a minha avó, tocando-me da forma mais subtil, carinhosa e dócil.

A minha avó foi tudo para mim ao longo da minha infância: minha babá, dona de casa, a minha segunda mãe, cozinheira (coisa que ainda é até hoje), professora…

Enquanto a minha mãe trabalhava, lá estava eu, na melhor e mais aconchegante casa onde já estive. Perdido no tempo, brincava das mais diversas formas, desde fazendo os simples desenhos, até manuseando os mais estrondosos carros, bonecos, fantoches, legos e os DVD da Pipi das Meias Altas.

Não me consegui ainda separar dela, nem pretendo fazê-lo. Até hoje moro com a minha mãe e esta grande mulher.

Não é apenas a avó, mas sim a mais incrível e polivalente avó do mundo!

Gustavo Oliveira 9ºB


Esta é a Minha Avó!


A minha avó! A minha querida senhorinha. Aquela que sempre cuidou de mim quando precisei, aquela que sempre esteve disposta a tudo.

Tenho tantas saudades! Há cinco anos que eu não sinto o seu abraço, a sua presença. Despedir-me dela foi uma das coisas mais difíceis da minha vida.

Gosto de recordar todos as vezes que ia para a casa da minha avó. Recebia-nos com um abraço enorme, dava-nos a benção. Assim que entrava na sua casa, penetrava no meu nariz um cheiro único: cheiro de comida de avó. Aquela que, mesmo que tentem, é impossível reproduzir. É mágico e sinto muita falta disso.

A minha avó é uma pessoa muito religiosa. Quando eu e a minha irmã brigávamos, colocava-nos a rezar o terço. Sinceramente, naquela época não gostava, mas hoje vejo como aquilo era maravilhoso.

Uma das coisas que mais me marcaram era quando eu e ela íamos juntas à padaria da rua de cima, somente para comprar uma rosca que eu adorava. Mesmo com dores e cansaço, ela ia comigo, apenas para me fazer feliz. Nós conversávamos sobre tudo. Era incrível.

Sim, tenho medo. Medo que, um dia, ela me deixe. Medo de chegar à casa dela e não receber a sua benção. Medo de nunca mais poder sentir a sua presença.

Um dia, iremos reencontrar-nos. E, quando esse dia chegar, quero que seja lá na sua casinha, com um grande sorriso no rosto. Porque ela é assim! Porque esta é a minha avó!

Ana Clara Duarte 9ºB


Minha querida avó…


Antigamente, estava sempre com a minha avó Judite. E adorava-a. Neste momento, está no céu. Disso tenho a certeza, pois de tanto me aturar, Deus arranjou-lhe logo um lugarzinho ao seu lado.

Até ao meu 2ºano de escolaridade éramos nós as duas contra o mundo. Passeávamos pelos jardins do Porto de mãos dadas (que era onde eu vivia antigamente), íamos as duas ao parque, ela pegava em mim para me pôr em cima do escorrega e, no fim, voltava a pegar-me e enchia-me de beijos. Éramos muito unidas.

Nos Natais, a minha avó dava-me imensos presentes, e eu às vezes nem agradecia. Ela sorria e fingia que eu tinha dito um “obrigada.”

Quando me apercebia de que não tinha agido bem, dizia-lhe: “Vó, preciso de falar contigo”. E dizia-lhe que ela era a melhor pessoa do mundo e que não queria que nada nos separasse, nem o simples facto de não ter agradecido. Ela, com lágrimas nos olhos, fazia um breve sorriso e respondia: “Ainda bem que reconheces os teus erros e, de qualquer das formas, minha netinha, não precisas de agradecer”. Eu, aliviada, dava-lhe um beijo.

A avó pegava em mim e eu voltava no colo dela para a sala. Amava-a e continuo a amá-la. Mesmo no céu sei que está ao meu lado.

Agora, que estou no 9ºano, passados sete anos, estou a escrever neste papel todo o meu amor por ela. E sei que a qualquer momento ela pode lê-lo.

Maria Eduarda Bizarro – 9ºB

67 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page