Mulher alegre, religiosa, linda e espontânea. A minha avó, a pessoa que mais próxima tive a uma mãe, a pessoa que ouviu todos os meus caprichos, a pessoa que aguentava choros e risos, a pessoa que me obrigava a ir à missa e a rezar o terço, a pessoa que me ensinou a subir árvores e a superar os medos.
Chamava-se Maria, um dos nomes mais banais, mais comuns na sociedade portuguesa, no entanto, ela era única. A mulher mais bonita que já vi: cabelos brancos como a neve, olhos verdes como esmeraldas, pele macia, baixinha e magrinha.
Faz cinco anos que ela virou uma estrelinha. Porém, jamais me esquecerei dos momentos que vivi ao pé dela.
Tenho saudades de chegar da escola e contar-lhe sobre as minhas novas aventuras e histórias e também dos lanchinhos quentinhos que preparava para me animar.
Pode parecer estranho, mas, à noite, quando olho para as estrelas, há sempre uma que brilha mais e fico a falar com ela como se fosse a avó-mãe (nome que lhe chamava quando era mais nova) e, por momentos, só por momentos, parece que ela me responde…
Lara Silva 9ºA (Professora Albina Macedo)