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  • Foto do escritorJornal Agrupamento de escolas Dr. Flávio Gonçalves

ENQUANTO A CIDADE DORME


Estava uma noite tranquila e sem nuvens. Todos já dormiam, só eu sonhava acordada. E pensava: “ será que, de noite, os meus brinquedos ganham vida?” A ideia agradou-me e fingi dormir.

De repente, ouvi um barulho. Enquanto me enroscava nos meus lençóis, num misto de ansiedade, curiosidade e receio, senti que me puxavam o cabelo. Amedrontada, coloquei a cabeça de fora e reparei que, em cima da minha almofada, estava o meu anão de peluche.

Perguntei intrigada:

- Como é que vieste aqui parar?

- Todas as noites venho ter contigo, só que tu dormes como uma pedra e nunca te apercebes – respondeu o anão. – Mas hoje, que estás acordada, vou levar-te a um lugar especial.

Então, surpreendentemente, aquele pequeno anão pegou em mim, elevou-me no ar, fez-me saltar a janela e levou-me até uma belíssima praia.

- Trouxe-te aqui para que sintas e vejas algo maravilhoso. Observa bem as estrelas, enquanto ouves o suave som do mar.

Então, de repente, uma estrela cadente passou por mim, sorrindo e dizendo-me adeus. Depois, desapareceu deixando um rasto de luzes multicolores e minúsculas gotinhas de água.

Ninguém imagina as coisas fantásticas que acontecem “enquanto a cidade dorme”.


Rafaela Coelho, Rita Varela, Sofia Carneiro, Vasco Ferreira 5ºA


 

Enquanto a cidade dorme, seres fantásticos descem das nuvens por coloridas escadas de doces e dirigem-se ao teatro que fica no Beco Sem Nome, para mais uma mágica noite de circo.

Antes da sessão começar, o Anão Apresentador fica sempre nervoso e grita:

- Estou nervoso!

E, depois, dá início às atuações.

Os coloridos unicórnios ficam à frente e neles aparecem montados fantásticos e habilidosos gnomos, enquanto as fadas fazem habilidades de lindíssimos efeitos policromáticos e os duendes brincam como som.

Às vezes, a gnomo Friza cai para trás e magoa o amável e carinhoso unicórnio Cururu. Então, este irrita-se, amua e muda de cor.

Mas, no final, o espetáculo corre sempre muito bem e de forma glamorosa.

Ao amanhecer, tudo é arrumado rapidamente com a ajuda das varinhas de condão das fadas e todos regressam às suas nuvens. O teatro, volta a estar abandonado e as pessoas acordam para mais um dia na cidade. E ninguém desconfia que, todas as noites, o velho teatro ganha vida com belos e maravilhosos espetáculos.


Juliana Carvalho, Lara Paiva, Mariana Gomes, Rodrigo Macedo 5ºB


 

Nas noites escuras, enquanto a cidade dorme, as árvores estão acordadas, mas ninguém as vê a andar porque elas são silenciosas, pois sabem que se forem ouvidas ou vistas serão transformadas em estátuas.

Certa noite, a árvore mais velha de todas sentiu-se doente e a morrer e as outras árvores não sabiam o que fazer.

No dia seguinte, as pessoas da rua perceberam que a árvore estava doente e colocaram-lhe uma placa que dizia “árvore para abate”. Claro que esta decisão deixou todas as árvores em grande aflição. Preocupadas, elas perguntaram aos insetos se conheciam alguma cura para aquela doença. Eles contaram que havia uma lagarta no Oriente que poderia curá-la, mas os pássaros teriam de ir buscá-la. Estes disseram que sim, mas queriam ser recompensados. Então, as árvores fizeram um acordo com os pássaros: eles traziam a lagarta e elas, em troca, nunca deixariam de lhes dar de comer. Eles aceitaram e foram procurá-la.

Na noite seguinte, os pássaros regressaram com a lagarta e colocaram-na na árvore doente que logo ficou curada.

As pessoas da cidade, quando a viram de novo saudável, decidiram que não seria cortada. E as árvores e os pássaros tornaram-se amigos inseparáveis.


Arthur Fróes 5ºB


(Professora Manuela Araújo)





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