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  • Filipe Martins 8ºA

DESCREVER É PINTAR COM PALAVRAS!

Sol de inverno

No inverno, ao fim da tarde, era frequente espreitar pela janela do meu quarto. Os dias podiam ser mais curtos, mas eram tão preciosos quanto as flores da primavera e tão radiantes quanto o sol forte do verão.

Ao invés dos pássaros, era o vento quem assobiava e as árvores bailavam e contagiavam com o seu vaivém. Magicamente, a chuva caía sem pressa, indiferente às queixas dos transeuntes que não se apercebiam da sua beleza. Respiravam a conversão que a estação fria traz.

O frio, que outrora despira as árvores, aconchegava e reconfortava o coração daqueles que sentiam o toque do vento nos seus rostos e que, por entre luvas e cachecóis, escondiam uma história secreta ou banal.

Ao longe, avistava-se o mar que, revoltado e coberto de espuma, desejava que a chuva o deixasse. Aproveitava para invadir o areal, sem barreiras ou leis.

Predominava o cheiro a lenha queimada que, de uma forma invulgar, trazia conforto em cada lar.


Filipe Martins 8ºA (Professora Albina Macedo)

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