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  • Ana Clara Faria e Rita Sousa 8ºA

AS DIFICULDADES DO SER HUMANO


Ela

São duas da manhã. Estou numa discoteca com música alta, luzes a piscar e gente, muita gente. Sinto-me desconfortável com tantos olhares pousados em mim. Olhares que parecem perfurar o meu vestido e entram em mim como balas.


Ele

São duas da manhã. Estou numa discoteca com música alta, luzes a piscar e gente, muita gente. Sinto-me incomodado com a quantidade de mulheres que tentam dançar comigo e nem reparam no anel de compromisso que tenho no dedo.


Ela

Quero ir embora, mas tenho de dar boleia aos meus amigos e não os quero forçar a parar de se divertir. Vejo um homem com um ar desgastado devido ao álcool, calculo eu.

- Posso pagar-te uma bebida?

- Obrigada, mas hoje não vou beber. tenho de conduzir. - respondo, tentando ser educada..

- Vá lá! Só uma! Afinal não te divertes tanto sem um bocadinho de álcool.

Não respondo. Em vez disso, fujo e tranco-me na casa de banho e, pela primeira vez na noite, sinto-me um bocado segura.


Ele

Estou sentado, sem vontade para sequer dançar. Uma mulher aproxima-se.

- Um homem tão bonito sozinho! Não queres dançar?

- Eu não tenho vontade. E, para além disso, sou comprometido. - digo, fazendo com que ela repare no meu anel.

- Ela está aqui? - Aceno que não com a cabeça. - Então ela não tem de saber.

É a gota de água. Levanto-me bruscamente e saio.


Ambos

Saí. Acho estúpido a sociedade não respeitar alguém sozinho, ou não. Como ainda acham que alguém, vestido mais aperaltadamente, está a convidar os outros para uma dança? Eu posso querer estar sozinho e a aproveitar a noite comigo mesmo!


Ana Clara Faria e Rita Sousa 8ºA


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